Chi kung (ou Qigong) quer dizer algo como “arte de manipular com êxito a energia”.
O Chi kung é uma ginástica energética hoje em dia praticada por cerca de 20% da população chinesa (como manutenção diária) e pelos convalescentes de grande parte dos hospitais chineses (como complemento terapêutico plenamente integrado pelo corpo médico).
Mas nem sempre foi assim: até aos anos 80 do século passado os exercícios de Chi kung ficaram apenas dentro de certas famílias chinesas, ou eram transmitidos individualmente de Mestre a discípulo, um pouco à imagem do que se passava com as artes marciais.
Trata-se de uma técnica de raiz milenar, baseada em posturas e movimentos de animais.
Tal como acontece com outras técnicas da MTC, o objectivo do Chi kung é desfazer ou prevenir os bloqueios de energia, para que esta flua plenamente e nas direcções convenientes – com isso evitando a doença ou contribuindo para curá-la.
Nesta “ginástica” não se procura o fortalecimento muscular (embora se promova a flexibilidade), é uma ginástica sobretudo de “exercício interno”, que visa efeitos directos sobre os meridianos (sobretudo sobre os doze principais), promovendo a boa circulação da energia (ou Chi).
O movimento constante e fluido do Chi kung estimula os sistemas circulatório e respiratório, além de dar ao corpo grande flexibilidade.
Por outro lado, o Chi kung beneficia o metabolismo e previne (ou atenua) a maior parte das doenças típicas da meia idade, com o endurecimento das artérias e articulações.
Outros efeitos do Chi kung, quando praticado regularmente:
Melhora o auto conhecimento do corpo
Corrige a postura
Produz um progressivo relaxamento das zonas em tensão
Beneficia o sistema nervoso central
Desenvolve a capacidade de concentração
Regulariza o apetite
Torna a pele mais macia
Aumenta a energia e reduz o número de horas de sono necessárias
Torna a mente mais perspicaz e acalma o espírito
Reduz significativamente o stress
Há exercícios de Chi kung sentado, em pé ou em movimento.