A alfarrobeira é uma árvore de folha persistente que pode atingir 10 metros de altura. Tem flores verdes e grandes frutos castanho-arroxeados (vagens). É nativa do sueste Europeu, Ásia Ocidental, norte de África e Médio Oriente. Foi introduzida na Península Ibérica pelos árabes. Atualmente, a alfarroba está distribuída desde o Egipto e o Norte da África até à Grécia e ilhas mediterrâneas, além do sudoeste dos Estados Unidos, do Havai, da Austrália e da África do Sul.
Propriedades
A alfarroba é: antidiarreica, aperiente (abre o apetite), estimulante, laxativa, mineralizante e nutritiva.
Em que situações deve ser utilizado
Usada contra a gastroenterite das lactantes, falta de apetite, anemia, convalescença, para tratar desordens do foro intestinal (diarreias e obstipação – dependendo do modo como for preparada) e para regular a digestão.
Como se utiliza
Usam-se: frutos, sementes e casca.
Os frutos são nutritivos, devido ao seu alto teor de açúcar, adocicados e são ligeiramente laxantes.
As sementes podem ser trituradas e usadas em substituição do chocolate. O pó das sementes contém pectina, boa para regular a digestão.
A casca é fortemente adstringente.
Modo e quantidade de administração
Para limpar e aliviar a irritação intestinal: faça uma decocção da polpa da alfarroba, fervendo a mesma em água abundante durante 5 minutos.
Para tratar a diarreia: faça uma decocção da casca.
Perigos durante a gravidez e a amamentação
Não foram encontradas quaisquer contraindicações, contudo, para gestantes ou não, a alfarroba deve ser consumida em doses moderadas, uma vez que contém grandes quantidades de taninos, que tal como o café e o cacau, inibem a absorção de proteínas pelo organismo.
Como se conserva
Frutos: em sacos plásticos ou de papel, bem fechados.
Sementes: em sacos de papel ou pano, bem fechados.
Classificação na medicina tradicional chinesa
É de natureza quente o seu sabor é ácido e doce.
Meridianos onde atua
Baço e fígado.
Nomes vulgares
Alfarroba, alfarrobeira, farrobeira.
Nome botânico
Ceratonia siliqua (Certonia provem do grego keras que significa “chifre”, designação dada devido à sua longa vagem).
Outra informação sobre o medicamento
Não se conhece o tempo de vida útil de uma alfarrobeira: em condições óptimas e sem recurso a técnicas de crescimento acelerado, a produção pode – -se iniciar no sexto ano de vida da árvore e manter-se em expansão para além dos 70 anos. Daí, se considerar a alfarrobeira como “a árvore que nunca morre”.
Fonte
“Whole foods Companion” Dianne Onstad – Chelsea Green Publishing Company.
Autor
Diana Pinheiro, Especialista de Medicina Tradicional Chinesa, ESMTC.