Saiba mais sobre o cominho, que integra o grupo das chamadas “quatro sementes quentes”, junto com o aipo, alcaráviae o funcho.

O que é
O cominho é uma erva aromática originária de África, algumas regiões do Egipto, Etiópia e Ásia Ocidental, sendo cultivada desde os tempos bíblicos. Na Judeia, por exemplo, os governantes recebiam-no como parte do pagamento de impostos.
Hoje, os principais países produtores são a Índia, o Irão, a Indonésia, a China e os países do Mediterrâneo Sul.

Propriedades
Tem ação aromática, carminativa, estimulante, anti-espasmódica, digestiva, estomáquica e galactagoga. Apura o sabor dos alimentos.

Em que situações deve ser utilizado
Para estimular a circulação sanguínea.
Ajudar a eliminar dores e espasmos no abdómen.
Prevenir e aliviar a flatulência.
Para desordens intestinais tais como: diarreias e disenteria.

Como se utiliza
Utilizam-se as folhas e as sementes. As sementes são usadas inteiras ou moídas para temperar carnes, assados, pães, molhos, saladas, sopas, feijão, grão-de-bico e lentilha. Quando destiladas, servem para a produção de licores.
Na Holanda é usado para condimentar queijos, doces e bolos. É muito usado na cozinha indiana, especialmente em pratos que utilizam manga.

Modo e quantidade de administração
O chá de folhas: é indicado contra afeções do estômago, má digestão e a formação de gases.
As sementes entram na composição de medicamentos industrializados, para combater inflamações nos seios e testículos.

Perigos durante a gravidez e a amamentação
Não foram encontradas quaisquer contra-indicações

Como se conserva
Folhas: em sacos de plástico transparente, bem fechados.
Sementes: em sacos de pano.

Classificação na medicina tradicional chinesa
É de natureza quente e picante.

Meridianos onde atua
Baço e Fígado.

Nomes vulgares
Cominho.

Nome botânico
Cuminum cyminum. O nome científico do cominho deriva da palavra sânscrita “kamani”, que significa “planta de rato”, devido ao cheiro forte e não muito agradável das suas folhas.

Outra informação sobre o medicamento
Durante a história foram-lhe atribuídas muitas simbologias, algumas vezes não pouco positivas, e poderes mágicos.
Para os gregos, o cominho era símbolo de mesquinhez. Na Alemanha, acreditava-se que um ramo de cominho colocado na entrada da casa a protegia contra roubos e invasões dos demónios que viviam nos bosques.

Autor
Diana Pinheiro, Especialista em Medicina Tradicional Chinesa, ESMTC.