O Pulso da Imperatriz


Estórias do Oriente

Esta é uma história sobre pulsologia, um dos métodos de diagnóstico da Medicina tradicional chinesa.

Antigamente na China as concubinas e a Imperatriz quando precisavam de ser consultadas por um médico, o médico não as podia consultar como os outros pacientes.

As mulheres que viviam junto do Imperador ficavam separadas por uma cortina e apenas colocavam as suas mãos à vista do médico.

Era através da palpação dos pulsos que o médico analisava o estado interno dos seus órgãos e fazia a prescrição da matéria médica adequada.

Nessa altura existia uma Imperatriz que era muito exigente, e queria ter a certeza que o seu médico era o melhor. Então decidiu polo à prova.

Mandou chamar o médico para a consultar e disse-lhe que ele teria de a consultar utilizando um fio que ela ia atar ao redor dos seus pulsos.

Como estavam separados pela cortina, a Imperatriz em vez de atar o fio aos seus pulsos atou o fio à perna de uma cadeira. O médico disse-lhe que não sentia nada que o fio estava atado a um ser inanimado, mas ela ainda não estava satisfeita e resolveu atar o fio à pata do seu cão, o médico disse-lhe que o que sentia era o pulso de um animal mas não era o pulso da Imperatriz.

A Imperatriz ficou muito impressionada e passou a colocar as suas mãos à vista do médico sem que era consultada.

Esta história demonstra porque a prática da pulsologia no diagnóstico da medicina tradicional chinesa foi tão desenvolvida, naquela altura qualquer falha do médico podia custar-lhe a vida às mãos do Imperador.