Menos paciência com filas de trânsito, maior tendência para digestões difíceis, dores de cabeça e as famosas e já esperadas alergias. Tudo isto são sintomas de que chegámos à estação do fígado: a Primavera.
Todos esses “males primaveris” são indicativos da hiperactividade do Qi (energia) do fígado devido à Primavera, altura em que este fenómeno se intensifica.
Se apresenta estes sintomas, preste mais atenção ao chão que pisa ao andar na rua. É que é bem capaz de pisar uma “erva daninha” com uma flor amarela e uns característicos tufos brancos como algodão, chamada dente-de-leão. E o que se calhar não sabe é que esta planta pode bem ser a cura destas maleitas sazonais.
De facto, quer seja utilizada em infusão (quando seca) ou em saladas (quando verde), o Taraxacum officinalis, nome botânico do dente-de-leão, possui propriedades que a tornam particularmente aconselhada na altura da Primavera.
Utilizada desde há séculos para tratar problemas oculares (o seu nome genérico, taraxis, significa inflamação ocular, o que é um interessante paralelo entre a fitoterapia ocidental e a chinesa, dado que para a medicina chinesa o dente-de-leão, ou pu-gong-ying para aqueles mais familiarizados com o chinês, age sobre os meridianos do fígado, cujo sentido é a visão, e do estômago), o dente-de-leão é uma planta que:
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Dispersa calor excessivo, especialmente ao nível do fígado e vesícula biliar, o que é ideal para aqueles cujo fígado por esta altura se torna hiperactivo, originando irritabilidade, dores de cabeça, olhos vermelhos, rinites, certas alergias, hipertensão ligeira, obstipação, dores musculares, problemas de tendões e cãibras.
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É digestiva, ajuda a fazer a digestão dos alimentos e normaliza o apetite. Muito eficaz em casos de mal-estar por dificuldades digestivas, azias, e sensação de ardor no estômago, tudo queixas muito frequentes nesta altura do ano.
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É diurética e, consequentemente, reduz inchaços e estases de líquidos. Como estimula a produção e excreção de urina, elimina toxinas do organismo e ajuda a emagrecer.
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Controla o nível de açúcar no sangue, aumentando-o quando insuficiente, e reduzindo-o quando em excesso.
