Os benefícios da Sardinha


A sardinha é um peixe de pequeno porte, da família dos Clupeídeos, muito vulgar nas costas marítimas de Portugal, e muito apreciado e utilizado na alimentação.

O que é

A sua prodigiosa fecundidade tem contrabalançado os excessos da exploração piscícola e evitado a sua extinção.

É um pelágico (habitante das águas livres do mar alto). É muito difícil de manter em cativeiro, embora o Aquário Vasco da Gama tenha frequentemente alguns exemplares que sobrevivem até um ano.

Nadam em cardumes por vezes numerosos, principalmente na época da desova.

Propriedades

Em termos gerais, 100g de sardinha fresca contêm 22,5g de proteínas, 8,5g de gordura, 0,1g de hidratos de carbono, vestígios de vitamina A, vitamina B1, B2, biotina, 48mg de cálcio e 0,6mg de ferro, originando um total de 166 Kcal. À excepção de uma apreciável quantidade de iodo, há uma certa pobreza em vitaminas e minerais.

Este iodo é adquirido através do fitoplâncton e do zooplâncton da cadeia alimentar.

O teor proteico da sardinha é sobreponível ao da carne, possuindo uma composição mais equilibrada em aminoácidos essenciais.

A sardinha tem menor teor em colesterol que a carne e maior teor em ácidos gordos poli-insaturados.

Em que situações deve ser utilizado

Quando ingerida em quantidades moderadas pode ser usada na prevenção das perturbações isquémicas secundárias à doença aterosclerótica ou ao tromboembolismo ao nível coronário, cérebro-vascular e vascular periférico.

É bom também para inflamação e rigidez articular das doenças reumáticas, em particular da artrite reumatóide.

Como se utiliza

A sardinha pode ser grelhada ou consumida em conserva.

Os filetes de sardinha grelhadas com muito azeite, alho e orégãos, são uma maneira de servir a sardinha, muito utilizada em restaurantes como entrada.

Modo e quantidade de administração

  • Sugestões de preparação:

Para uso culinário, a sardinha é habitualmente grelhada em fogareiros de carvão. Nesta forma de preparação deve grelhar o peixe sem o queimar à superfície, já que a pirólise da gordura origina produtos tóxicos, como é o caso de certos hidrocarbonetos policíclicos.

O uso de azeite cru, bem como o acompanhamento por saladas são de estimular.

O vinho tinto, que tradicionalmente se bebe com uma refeição de sardinha, deve ser ingerido com moderação, podendo desse modo potenciar a acção preventiva da sardinha sobre as doenças cardiovasculares do tipo isquémico

Outra forma de consumir sardinhas é através de conservas. Estas possuem quase o dobro da gordura da sardinha fresca, em virtude da adição de óleos vegetais ricos em ácidos gordos poli-insaturados. Trazem ainda aporte calórico e têm um maior teor de sal.

 Efeitos secundários e contra-indicações

A sardinha é um peixe que se pode comer com segurança, não havendo contra-indicações formais, a não ser as alergias às proteínas que o constituem, por parte de pessoas mais susceptíveis às mesmas. Todavia, este acontecimento é raro e absolutamente excepcional para além dos primeiros anos de vida.

Recomenda-se precaução no caso de indivíduos com acne intenso, pois há quem advogue a concorrência do iodo alimentar na exacerbação da acne, ao ser excretado pelas glândulas sebáceas.

Em relação à psoríase, é necessário ter atenção que o ácido eicosapentenóico pode eventualmente, e em casos raros, agravar as lesões em vez de as diminuir.

Como se conserva

A sardinha deve ser consumida o mais rapidamente possível após a sua captura.

Pode ser conservada sob a forma de conserva.

 Classificação na medicina tradicional chinesa

É de natureza neutra e de sabor doce e salgado.

  • Drena a água do organismo.

Meridianos onde actua

Estômago e Baço-pâncreas.

 Nomes vulgares

Sardinha ( português ), sardine ( Inglês ), sardine ( francês ).

Nome Científico

Sardina pilcharda

Outras informações sobre o produto natural

É um peixe que é pescado em abundância e, sendo um dos principais elos da cadeia alimentar dos oceanos, também é predado por espécies de maiores dimensões tais como o bacalhau e o atum

Fonte

“Remédios do Mar” – trabalhos apresentados a concurso –  infarmed

 Autor

Diana Pinheiro, revisto por Manuel João Pinheiro, Especialistas de Medicina Tradicional Chinesa (ESMTC).