Viver é ter Chi em todas as partes do corpo, morrer é perdê-lo. O Chi ou “energia vital” provém de 3 origens: dos progenitores, do alimento e do ar (oxigénio).
Excesso de Chi ou deficiência de Chi? Nenhuma destas condições nos servem. O excesso entope e a deficiência esvazia. E o que é o Chi ou “energia vital”? Para a Medicina Tradicional Chinesa designa-se por Qi (chi), para os japoneses ki, para os hindus prana, algo que diferencia a vida da morte, o que tem shen (alma, espírito) do que não tem.
O conceito de Chi harmonioso engloba todos os contrastes e, este equilíbrio interno, completado pelo equilíbrio com o meio externo, gera a vitalidade positiva, que protege o corpo dos factores negativos ou adversos. As doenças resultam do conflito entre o Chi e esses factores.
As 3 origens do Chi
A primeira origem está nos progenitores, no momento da concepção. Vai sendo gasta ao longo da vida e não se renova, a segunda vem dos alimentos que comemos e a terceira do ar que respiramos.
No Ocidente, o Chi pode soar como algo abstracto mas, na prática da Medicina Tradicional Chinesa, ele é uma realidade física, que pode ser manipulada por um mestre e por quem se dedique à prática do Chi Kung.
Basta ao Especialista de MTC sentir o pulso do paciente para saber se os meridianos estão em plenitude (cheios) ou em deficiência (vazios). E o que isso significa. Assim, uma gravidez de duas semanas pode ser diagnosticada através da tomada do pulso.
A suprema arte da manipulação do Chi, ou da energia vital, chama-se Chi Kung (qigong). Pode ser aprendida e exercida por todos. Quando é desenvolvida ao longo de anos e praticada continuamente, geralmente por mestres, estes conseguem tornar os seus corpos resistentes como o aço e emitir vibrações que lhes permitem partir blocos de pedra. Quando utilizam essa arte na medicina, actuam sobre o sistema energético do paciente, abrindo novos campos para o tratamento e cura.
Quem não é mestre de Chi Kung nem Especialista de MTC também pode perceber as variações do fluxo energético. Como? Através das suas manifestações mais evidentes: os sintomas.
Um jardineiro percebe que uma planta está doente e relaciona esse facto com as condições de sol, sombra, água, terra ou vento. Uma pessoa sensível (sem necessitar de qualquer tipo de habilitação académica) poderá, a partir da sabedoria chinesa, descobrir os seus pontos vulneráveis e observar a sua própria natureza.
Prof. Guilherme Juvenal Branco (revisão equipa ESMTC, 2020)