Ser criança é viver em constante mudança! É ter uma mente e um corpo que crescem continuamente, expostos a muitos estímulos externos como o stress dos adultos, o excesso de estímulos electrónicos, aliado a menos tempo para brincar.
Ana Sofia Pacheco
Sobre Ana Sofia Pacheco
Habilitações Académicas em Medicina Tradicional Chinesa
- Curso de Medicina Tradicional Chinesa, ESMTC – Lisboa (2003)
- Estágio em Medicina Tradicional Chinesa, ESMTC – Lisboa (2000-2003)
- Estágio em acupunctura na Universidade de Nanquim (2003)
- Estágio, prática clínica e formação em Acupunctura Abdominal, com Dra. Han (2003-2005)
Outras Habilitações Académicas
- Licenciatura em Economia, Universidade Católica Portuguesa, Lisboa (1989-1994)
- Curso de Macrobiótica – IMP (2008-2011);
- Curso de Instrutores de Yoga (2004-2007);
- Kungfu
Formação em Acupunctura Japonesa Toyohari
- Pós-graduação em acupuntura Japonesa Toyohari (EBTA) – Amesterdão (2005/2006)
- Curso Avançado de Toyohari (2011-2013)
- Summer School Toyohari – Tóquio (2019/08; 2016/03; 2009/07; 2007/07)
- Encontro Internacional de Toyohari em Lisboa – tendo feito de MC (2017/09; 2014/09)
Outros encontros Internacionais
- Berlim (2016; 2013; 2008);
- Londres (2012); Den Haag (2011);
- Barcelona (2015; 2009);
- Amesterdão (2006)
- Formação contínua em Toyohari com colegas do Portuguese Branch of Toyohari Association – encontros distribuídos anualmente – entre 40h a 50h por ano;
Outras formações de Acupuntura Japonesa
- Kiiko Style I, II e III com Toru Nakamura – Lisboa (2023)
- Formação em Acupuntura Japonesa com Alan Jansson – Lisboa (2018/06)
- Formação em Moxa Japonesa com Junji Mizutani – Lisboa (2018/04)
- Formação em Acupuntura Japonesa com Ikeda Sensei – Londres (2016/07)
- Curso Avançado de Acupunctura Japonesa, Manaka, com Stephen Birch – Lisboa (2015/04)
- Workshop de Sotai – Reeducação Postural Integral – Lisboa (2015/04)
- Seminário de Acupunctura Japonesa Pediátrica Shonishin, com Manuel Quadras – Barcelona (2014/04)
- Seminário de Moxa Japonesa Okyu, com Junko Ida – Lisboa (2013/10)
- Seminário de Moxa Japonesa, com Junji Mizutani – Suiça (2010/04)
- Seminário de Acupunctura Japonesa, Meridian Thérapy, com Stephen Birch – Lisboa (2009/02)
- Seminário de Acupunctura Japonesa Pediátrica Shonishin, com Stephen Birch – Lisboa (2008/09)
- Seminário de Acupunctura Japonesa, Método Manaka, com Stephen Birch – Lisboa (2008/04)
Experiência Profissional em Acupunctura
- Acupunctora Voluntária na APAMCM – Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da
Mama (2005 – 2009) - Acupunctura no Family HealthClub Solplay (2004–2010)
- Acupunctura no Espaço Maaiana (2006-2009)
- Acupunctura no Força Vital (2009-2018)
- Acupunctura no Tesouros da Medicina Chinesa (2013-2016)
- Acupunctura no Espaço 4 Elementos (2018 – 2020)
- Acupunctura no Figueira Mansa Wellness (2021)
Experiência Profissional no Ensino
- Licenciatura em Acupuntura UC – Taiji e Qigong (UC Semestral) – ERISA – Escola Ribeiro Sanches, Grupo IPLuso (2023)
- Licenciatura em Acupuntura UC – Taiji e Qigong (UC Semestral) – Instituto Politécnico de Setúbal (IPS)
- Escola Superior de Saúde (ESS) – Setúbal (2021)
- Licenciatura em Acupuntura UC – Taiji e Qigong (UC Semestral) – ERISA – Escola Ribeiro Sanches, Grupo IPLuso (2020 e 2018)
- Licenciatura em Acupuntura UC – Taichi e Qigong (UC Semestral) – Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) – Escola Superior de Saúde (ESS) – Setúbal (2020 e 2018)
- Orientadora do estágio de Acupunctura – Curso de Naturopatia – EAN – Estudos Avançados de Naturopatia (2010 – 2012)
- Professora de Acupunctura III, acupunctura clínica, terapêutica acupunctural – Curso de Naturopatia – EAN –Estudos Avançados de Naturopatia (2006 – 2012)
- Curso de Instrutores de Qigong – ESMTC (2004 – 2010)
- Professora de Qigong – Curso de Medicina Tradicional Chinesa – ESMTC (2002 – 2010)
Chi Kung na Infância por Margarida Sá Domingues
Annual Report 2017/2018 Helping little people achieve their dreams (artigo consultado em 13/03/2019
Chi Kung na Infância por Margarida Sá Domingues
A Margarida Sá Domingues é formadora do Curso de Instrutores de Chi Kung Terapêutico da Escola de Medicina Tradicional Chinesa
Ser criança é viver em constante mudança! É ter uma mente e um corpo que crescem continuamente, expostos a muitos estímulos externos como o stress dos adultos, o excesso de estímulos electrónicos, aliado a menos tempo para brincar. Tudo isso propicia uma menor ligação da criança ao seu corpo físico, emocional e mental, o que leva a uma maior dificuldade em ter consciência de si própria e das suas emoções em relação ao mundo exterior.
Nos últimos anos assistiu-se a um aumento da hiperatividade nas crianças e jovens, dificuldades de concentração, baixa do sistema imunitário, menor resistência física, menor flexibilidade e comportamentos conflituosos ou mesmo violentos. O Chi Kung contribui efectivamente para melhorar todos estes parâmetros.
Ao longo de nove anos de prática de Chi Kung com crianças entre os três e os dez anos de idade, na Escola Carolina Michaëlis (2007/2016), em Lisboa, verificou-se que o grupo ficou mais calmo e atento durante o dia, houve uma redução dos conflitos e as ausências por doença diminuíram. Professores e pais referiram que as crianças pareciam mais felizes e as crianças, por sua vez, participavam na aula com gosto não querendo faltar.
Inicialmente programou-se uma prática semanal de 30 minutos mas depressa se passou com sucesso para uma prática de 50 minutos. Para motivar as crianças é fundamental criar um ambiente propício, despertar a curiosidade e executar os exercícios recorrendo à imaginação. Humor e fantasia ajudam a fomentar um bom ambiente. Para uma prática plena é importante que a criança visualize e interiorize. A visualização promove a criatividade e na expressão corporal a criança evidencia as emoções, ideias e sentimentos acerca da prática. Deve haver sempre liberdade para a criança poder exprimir as suas emoções, fundamento da comunicação com o outro.
Aprender através da prática e deixar que a criança vá corrigindo naturalmente a sua postura/movimento, respeitando sempre o seu estádio de crescimento e desenvolvimento é essencial.
Mas é preciso incentivar a realização de novos exercícios ou desafios, e fomentar a determinação em não desistir. Com a prática as crianças vão sentido satisfação em ultrapassar as dificuldades que os exercícios de Chi Kung lhes colocam. Encorajar, não permitindo que sintam medo de errar, é fundamental pois as inibições constituem um obstáculo ao desenvolvimento das potencialidades da criança enquanto ser humano. Incentivar a criança a vencer desafios é uma preparação para a vida.
É importante realizar exercícios diferentes e, para dinamizar a prática, incluir alguns mais divertidos.
Na prática com crianças são de incluir exercícios de respiração, auto-massagem e hétero-massagem, alongamentos, os 18 movimentos do Tai Chi Chi Kung, concentração, meditação e relaxamento.
Na primavera o sistema do Yi Jin Jing é muito apreciado. A postura de árvore, decididamente, é o exercício que as crianças menos gostam mas, ultrapassando o aborrecimento inicial, conseguem realizar as posturas básicas. Para algumas crianças a posição de sentar atrás representa um desafio.
Foto de Michael Jastremski (2013-10-23 09:40:52) Group Hug [imagem digital]
Por norma as crianças não estão interessadas em grandes explicações, querem logo passar à prática e são rápidas a percepcionar e a executar o movimento mas não apreciam repetir muitas vezes, querem logo um novo exercício. Com o decorrer da prática, a energia do grupo fica mais harmoniosa e as crianças mais calmas e concentradas. A partir daí a sua capacidade de repetição do movimento aumenta. Por outro lado, também não estão muito interessadas em saber o que faz bem, as indicações terapêuticas, querem apenas saber histórias e divertir-se. Mas não são necessárias histórias muito elaboradas, as próprias crianças constroem a história se sentirem necessidade disso. No decorrer da prática, as questões começam a surgir espontaneamente, umas atrás das outras! As crianças são normalmente curiosas, naturais e muito expressivas e francas nas observações.
A ligação entre corpo, emoção e mente é uma constante que se promove na prática de Chi Kung.
Cada criança é diferente e absorve e processa a informação de forma diferente, quer seja através do olhar, da escuta, do movimento ou do toque. Ao recorrer a diferentes estímulos ajudamos a criança a desenvolver múltiplos aspectos emocionais, mentais, corporais e espirituais. Não há duas crianças que aprendam ao mesmo ritmo e da mesma maneira, cada uma tem o seu tempo mas a prática continuada permite um equilíbrio de todo o grupo.
6 Qigong Exercises for Cultivating Healing Energy (artigo consultado em 13/03/2019)
Concluiu-se, nestes anos de prática com crianças, que o Chi Kung promove o desenvolvimento psico-motor e bio-energético, o equilíbrio e a coordenação, beneficia a capacidade respiratória e estimula a concentração e a memória.