A Música e o Chi Kung


partituras de música com caneta de pena sobre estas.

A música pode ter um efeito muito benéfico no Ser Humano e é utilizada em diversas terapias de cura. Para além de ajudar a desligar os pensamentos e a focar a mente, a música, pelo seu efeito curador e regenerador, pode ser um excelente aliado da prática de Chi Kung.

A ciência tem vindo a constatar aquilo que já os Mestres do Antigo Egipto diziam num dos Sete Princípios Herméticos: “Nada está parado; tudo se move; tudo vibra”.

Tudo no Universo está em vibração, desde as mais ínfimas partículas dos átomos até aos planetas e galáxias, tudo está em movimento, tudo tem uma frequência vibratória, tudo produz um som específico. Também o Ser Humano está em vibração. A vibração do mundo exterior influencia a nossa vibração assim como a nossa vibração afecta tudo o que nos rodeia.

Várias Terapias Naturais usam a vibração para promover os processos de cura, seja através do som, cor, aroma, cristal, pedras ou plantas.

O Som é produzido pela vibração de um corpo físico que provoca um movimento de vaivém nas partículas à sua volta, oscilações de pressão que se propagam em todas as direções num movimento ondulatório. Ao número de oscilações por segundo chama-se Frequência.

Todas as células, tecidos e órgãos do corpo têm um som e juntos criam uma frequência harmoniosa. O Ser Humano é uma sinfonia de sons em harmonia, como uma orquestra afinada. Quando algo perturba essa harmonia, todo o corpo é afectado, a desarmonia instala-se e a doença começa a desenvolver-se. A Música é um remédio para a alma e também para o corpo e, como forma de vibração e de energia, tem vindo a ser utilizada para processos de cura. Para se obter os efeitos terapêuticos da música é necessária aplicar a frequência, ritmo e intensidade adequados à parte do corpo que se pretende cuidar. Existem várias terapias que utilizam o som como facilitador da cura, como por exemplo a Musicoterapia, Quirofonética, Terapia de Som com Taças Tibetanas, Terapia com Gongo, Mesa Lira ou Tubos sonoros.

A música activa várias regiões do cérebro, o que explica muitos dos seus efeitos benéficos. Existem várias referências sobre os efeitos da música no ser humano. Música agradável provoca a libertação de endorfinas que actuam no alívio da dor. Música calma e relaxante reduz o ritmo respiratório, cardíaco e a tensão arterial. A música pode provocar uma experiência emocional positiva e profunda e levar à secreção de imunossupressores e à diminuição dos níveis de cortisol, fortalecendo o sistema imunitário. Pode ajudar a reduzir a intensidade, frequência e duração das enxaquecas e dores de cabeça crónicas. Tem um efeito positivo sobre a capacidade de aprendizagem, melhora a concentração e a atenção, reduz a ansiedade, o stress e ajuda a relaxar.

O Chi Kung Terapêutico, ao promover o livre fluir da Energia, em equilíbrio e harmonia, activa a nossa capacidade natural de cura. A música, dado o seu efeito curador e regenerador, pode potenciar os efeitos da prática de Chi Kung. Para além dos benefícios terapêuticos, a música pode ajudar a relaxar, a desligar os pensamentos e a focar a mente no momento presente.

Contudo, para que o efeito da música seja o pretendido, e atendendo a que as pessoas têm sensibilidades e vivências diferentes, é necessário algum cuidado na escolha da música. Por exemplo, música mais ritmada pode perturbar a fluidez e continuidade dos movimentos. Música mais comercial pode não ser do agrado do praticante e causar desconforto ou estar associada a situações negativas vividas no passado (como uma separação, um momento de tristeza ou angústia) e ter um efeito contrário ao pretendido. Podemos desconcentrar e destabilizar, em vez de promover o relaxamento e tranquilidade.

O género musical mais neutro, e que resulta bem numa prática de Chi Kung, é a música ‘new age’ ou música ‘zen’, pois este género está muito associado a práticas de relaxamento. O cérebro vai interpretar este estímulo como algo positivo, desencadear processos fisiológicos relacionados com o bem-estar, o relaxamento e activa o Sistema Nervoso Parassimpático.

Ao utilizar música na prática de Chi Kung é imprescindível ouvir previamente a música na totalidade e certificarmo-nos de que é adequada. Nem toda a música ‘zen’ é apropriada para a prática, há algumas que ao início parecem ser adequadas, mas mais à frente não são.

Na prática de meditação guiada ou que implique vocalizações (seis sons curativos, mantras, etc.) é preferível não utilizar música. A não ser que o foco da meditação seja a própria música, é melhor não utilizar música na meditação, uma vez que um dos objectivos é focar a mente e é importante restringir os estímulos externos. Outro dos cuidados que se deve ter é adequar o volume, ou intensidade sonora, ao espaço e voz do instrutor. A música não deve perturbar a boa audição da voz do instrutor, nem obrigar a que este eleve o seu volume de voz.

“Sem a música, a vida seria um erro.” – Friedrich Nietzsche (filósofo, 1844-1900)

 

Artigo escrito por Margarida Aires

Margarida Aires


Sobre a Margarida Aires

 

 

Habilitações Académicas

É Instrutora de Chi Kung Terapêutico, formada pela Escola de Medicina Tradicional Chinesa – ESMTC, membro da Associação Profissional de Chikung e Taichi Terapêuticos – APCKTT e da Federação Portuguesa de Tai Chi e Chi Kung Terapêuticos – FPTCT.

É Licenciada em Biologia – Recursos Faunísticos e Ambiente, pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (pré-Bolonha) e formadora certificada pelo IEFP.

É Terapeuta de Shiatsu, formada por Nuno Lima e Margarida Sá Domingues, com quem colaborou como assistente em cursos e workshops.
Juntamente com Margarida Sá Domingues, tem organizado seminários na área do Shiatsu, Seiki, Terapia Miofascial e Desenvolvimento pessoal.

Estudou Violino e Formação Musical, tendo frequentado a Fundação Musical dos Amigos das Crianças, Instituto Gregoriano de Lisboa e integrado a Orquestra Sinfónica Juvenil.

 

Formação

  • Curso de Instrutores de Chi Kung Terapêutico, ESMTC (2015 – 2021)
  • Curso de Shiatsu – Nuno Lima e Margarida Sá Domingues (2008-2016)
  • Licenciatura em Biologia – Recursos Faunísticos e Ambiente, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (1988-1995)
  • Formação Pedagógica Inicial de Formadores (2014)

 

  • Curso Método Corpo e Mente no Estado de Mingjue – Soazic Le Tallec, ESMTC (2022)
  • Curso Básico de Reflexologia do Pé – Carla Carrujo, ESMTC (2022)
  • Sistema de Chikung Ba Duan Jin – Rita Teixeira (2022)
  • Sistema de Chikung Wu Qin Xi – Andreia Gomes (2022)
  • Retiro Zhineng Qigong MingJue GongFu – La Ciencia de la Conciencia – Liu Jianshe, Marie XīnLán, Teresa,
  • Yrmgard, An Yuè, Gombrén, Espanha (2022)
  • Sistema de Chikung Wudang – 15 Movimentos – Margarida Sá Domingues (2022)
  • Curso Técnicas de Cultivo da Mente na Prática da Acupunctura – Professor Zhang Wenchun, ESMTC (2020)
  • Stage de Guo Lin Qi Gong – Bénédicte Cohade, Gap, França (2018, 2019)
  • Curso de Dietética e Alimentação – Rita Antão, ESMTC (2019)
  • Curso de Fitoterapia – Chás e Mezinhas – Rita Antão, ESMTC (2019)
  • Guiding Principles in Qigong and the Seiki Way – Paul Lundberg, Tenerife, Espanha (2018)
  • Terapia Sacro-Craniana – Clive Radda (2017)
  • Curso Básico do Universal Healing Tao Portugal – Paula Madeira (2017)
  • Seiki-Katsugen – Paul Lundberg (2016)
  • Workshop de Introdução à Auto-massagem – Margarida Sá Domingues, APCKTT (2016)
  • Seiki-Soho – Paul Lundberg (2013)
  • Terapia pela Fáscia I, Workshop introdutório de Libertação Miofascial – Paula Madeira (2012)
  • Terapia pela Fáscia II, Aplicações a patologias específicas – Paula Madeira (2012)
  • Seiki e a consciência do Hara – Paul Lundberg (2012)
  • Chi Nei Tsang, Abordagem Teórica e Prática da Massagem Abdominal – Paula Madeira (2011)
  • Shiatsu na Saúde da Mulher – Suzanne Yates (2011)
  • Seiki, começando do zero – Paul Lundberg (2011)
  • Retiro para Meditar – Paulo Borges (2010)
  • Diagnóstico Oriental, a sua cara não mente – Francisco Varatojo, IMP (2010)
  • O Processo de Diagnóstico em Shiatsu – Wilfried Rappenecker, IMP (2010)

Lúcia Borges


Sobre a Lúcia Borges

 

Habilitações Académicas

Instrutora/Terapeuta/Formadora de Chi-Kung Terapêutico, Chi-Kung Sénior, Luohan Chi-Kung e Yang Tai Chi Chuan Tradicional.

Orienta aulas de grupo regulares, aulas individuais por consulta, seminários de formação esporádicos. Já realizou parcerias em distintos projectos: ligados à educação (Aprender a Aprender – PADECA), à uma abordagem terapêutica holística de crianças diagnosticadas com TDAH (crianças índigo – CASA ÍNDIGO), ao desenvolvimento do potencial criativo e empreendedor no trabalho (EMPOWER TO LIVE).

Formação

  • Formada pela Chinarte, sob orientação do Mestre Nelson Barroso, em Yang Tai Chi Tradicional (frequência regular nos seminários de formação, estágios e aulas de 2016 a 2019. De 2020 até o momento, frequência esporádica).
  • Participação em aulas online e em seminários de formação presenciais com o Mestre Fu Qing Quan, que é o herdeiro e actual propagador do Yang Tai Chi Tradicional pelo mundo (Authentic Tai Chi Chuan).
  • Formada pela Chinarte em Luohan Chi-Kung (frequência regular nos seminários de formação, retiros e aulas de 2016 a 2019. De 2020 até o momento, frequência esporádica).
  • Formada em Chi-Kung Terapêutico pelo Curso de Instrutores de Chi-Kung Terapêutico da Escola de Medicina Tradicional Chinesa (2005 a 2008).
  • Participação em Seminários de Formação do Sistema do Wudan Chi-Kung e Tai Chi com o Mestre-Sacerdote Taoista Yun Xiang Tseng, trazido a Portugal pelo nosso grupo Yong Quan Group (Brasil Abril 2014 e Portugal Setembro 2015).
  • Participação em Seminários de Formação do Sistema do Tao Universal (Healing Tao System) sob a orientação da Profª Paula Madeira e do Formador Sénior Dirk Al (2011/2012/2013).
  • Participação em Seminários de Formação do Sistema do Zhan Zhuang Chi-Kung sob orientação do Prof. Peter Den Deker (2008 e 2011).
  • Frequência em aulas do Curso de Filosofia Prática da Nova Acrópole de Oeiras (em decurso).
  • Frequência no Curso de Filosofia do Oriente da Faculdade de Filosofia da Universidade de Lisboa (2011/2012).
  • Membro da APCKTT (sócio-fundador), da APASI e da FPTCT (sócio-fundador).

Experiência Profissional

  • Membro do corpo docente do Curso de Instrutores de Chi-Kung Terapêutico da Escola de Medicina Tradicional Chinesa de 2009 a 2017 / Presente.

Ana Sofia Pacheco


Ana Sofia Pacheco

Sobre Ana Sofia Pacheco

Habilitações Académicas em Medicina Tradicional Chinesa

  • Curso de Medicina Tradicional Chinesa, ESMTC – Lisboa (2003)
  • Estágio em Medicina Tradicional Chinesa, ESMTC – Lisboa (2000-2003)
  • Estágio em acupunctura na Universidade de Nanquim (2003)
  • Estágio, prática clínica e formação em Acupunctura Abdominal, com Dra. Han (2003-2005)

 

Outras Habilitações Académicas 

  • Licenciatura em Economia, Universidade Católica Portuguesa, Lisboa (1989-1994)
  • Curso de Macrobiótica – IMP (2008-2011);
  • Curso de Instrutores de Yoga (2004-2007);
  • Kungfu

 

Formação em Acupunctura Japonesa Toyohari

  • Pós-graduação em acupuntura Japonesa Toyohari (EBTA) – Amesterdão (2005/2006)
  • Curso Avançado de Toyohari (2011-2013)
  • Summer School Toyohari – Tóquio (2019/08; 2016/03; 2009/07; 2007/07)
  • Encontro Internacional de Toyohari em Lisboa – tendo feito de MC (2017/09; 2014/09)

Outros encontros Internacionais

  • Berlim (2016; 2013; 2008);
  • Londres (2012); Den Haag (2011);
  • Barcelona (2015; 2009);
  • Amesterdão (2006)
  • Formação contínua em Toyohari com colegas do Portuguese Branch of Toyohari Association – encontros distribuídos anualmente – entre 40h a 50h por ano;

Outras formações de Acupuntura Japonesa

  • Kiiko Style I, II e III com Toru Nakamura – Lisboa (2023)
  • Formação em Acupuntura Japonesa com Alan Jansson – Lisboa (2018/06)
  • Formação em Moxa Japonesa com Junji Mizutani – Lisboa (2018/04)
  • Formação em Acupuntura Japonesa com Ikeda Sensei – Londres (2016/07)
  • Curso Avançado de Acupunctura Japonesa, Manaka, com Stephen Birch – Lisboa (2015/04)
  • Workshop de Sotai – Reeducação Postural Integral – Lisboa (2015/04)
  • Seminário de Acupunctura Japonesa Pediátrica Shonishin, com Manuel Quadras – Barcelona (2014/04)
  • Seminário de Moxa Japonesa Okyu, com Junko Ida – Lisboa (2013/10)
  • Seminário de Moxa Japonesa, com Junji Mizutani – Suiça (2010/04)
  • Seminário de Acupunctura Japonesa, Meridian Thérapy, com Stephen Birch – Lisboa (2009/02)
  • Seminário de Acupunctura Japonesa Pediátrica Shonishin, com Stephen Birch – Lisboa (2008/09)
  • Seminário de Acupunctura Japonesa, Método Manaka, com Stephen Birch – Lisboa (2008/04)

 

Experiência Profissional em Acupunctura

  • Acupunctora Voluntária na APAMCM – Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da
    Mama (2005 – 2009)
  • Acupunctura no Family HealthClub Solplay (2004–2010)
  • Acupunctura no Espaço Maaiana (2006-2009)
  • Acupunctura no Força Vital (2009-2018)
  • Acupunctura no Tesouros da Medicina Chinesa (2013-2016)
  • Acupunctura no Espaço 4 Elementos (2018 – 2020)
  • Acupunctura no Figueira Mansa Wellness (2021)

 

Experiência Profissional no Ensino

  • Licenciatura em Acupuntura UC – Taiji e Qigong (UC Semestral) – ERISA – Escola Ribeiro Sanches, Grupo IPLuso (2023)
  • Licenciatura em Acupuntura UC – Taiji e Qigong (UC Semestral) – Instituto Politécnico de Setúbal (IPS)
  • Escola Superior de Saúde (ESS) – Setúbal (2021)
  • Licenciatura em Acupuntura UC – Taiji e Qigong (UC Semestral) – ERISA – Escola Ribeiro Sanches, Grupo IPLuso (2020 e 2018)
  • Licenciatura em Acupuntura UC – Taichi e Qigong (UC Semestral) – Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) – Escola Superior de Saúde (ESS) – Setúbal (2020 e 2018)
  • Orientadora do estágio de Acupunctura  – Curso de Naturopatia – EAN – Estudos Avançados de Naturopatia (2010 – 2012)
  • Professora de Acupunctura III, acupunctura clínica, terapêutica acupunctural – Curso de Naturopatia – EAN –Estudos Avançados de Naturopatia (2006 – 2012)
  • Curso de Instrutores de Qigong – ESMTC (2004 – 2010)
  • Professora de Qigong – Curso de Medicina Tradicional Chinesa – ESMTC (2002 – 2010)

Detox para iniciar o novo ano


Desintoxicar significa remover toxinas. O nosso corpo possui o seu próprio sistema de gestão de resíduos, eliminando-os através da respiração, urina, suor e fezes. Filtramos o ar que respiramos, os alimentos e bebidas que consumimos e tudo o que absorvemos pela pele. A nossa circulação sanguínea, o aparelho digestivo, Fígado, Rins e Pulmões são sistemas brilhantes que operam com eficiência e eficácia nas condições certas.

Os problemas surgem quando sobrecarregamos o nosso organismo. As festas de fim do ano são propícias a isso, e ao longo de todo o ano, vamos acumulando. Beber café e álcool todos os dias, respirar ar poluído com metais pesados, comer alimentos processados, com aditivos e açúcares, comer demais e não dormir o suficiente, sentir-se stressado e chateado. Tudo isto cansa o corpo e, gradualmente, a sua capacidade de eliminar resíduos diminui e as toxinas acumulam-se. Deixamos de prosperar.

A resposta pode estar num detox, palavra muito na moda. Existem ‘dietas de desintoxicação” que podem ser severas comendo apenas alimentos crus ou jejum, tomando compostos purgativos e para o cólon. Isso pode ser bom se houver uma constituição forte mas pode drenar e exaurir constituições mais fracas. A desintoxicação para revigorar e tonificar deve ser apropriada ao indivíduo. É muito mais gentil e natural apoiar a nossa constituição, trabalhando em harmonia com as necessidades de cada pessoa. Uma desintoxicação gradual será tão eficaz e muito mais gentil do que mudanças radicais na dieta. Retirar repentinamente toxinas como açúcar, café e álcool pode causar grande desconforto com dores de cabeça, alterações de humor e maior vontade de comer doces.

Do ponto de vista da Medicina Tradicional Chinesa, cada pessoa é diferente e tem necessidades diferentes mas existem alguns passos básicos que nos ajudarão de forma geral.

Conselhos para todos

  • Coma alimentos frescos, de preferência de origem biológica ou local.
  • Faça um dia com uma dieta vegan por semana.
  • Beba água todas as manhãs.
  • Fique pelo menos 4 dias consecutivos por semana, sem beber álcool.
  • Reduza os açúcares e evite comida processada/fast food e comer tarde à noite.
  • Passe algum tempo em contacto com a Natureza todos os dias.
  • Pratique exercícios, medite ou dedique-se a um hobby relaxante e absorvente.
  • Pare de beber café.
  • Durma melhor e por mais tempo.
  • Considere o uso de produtos de limpeza e cosméticos naturais.
  • Desligue o telemóvel e o wi-fi à noite.
  • Evite conversas de mexericos.
  • Faça sexo, com amor e moderação, melhora a energia, reduz o stress, ajuda a dormir e dá ânimo.

Se seguir essas etapas, a carga tóxica e níveis de stress cairão rapidamente. O que permite aos órgãos funcionarem de forma eficaz, eliminando produtos residuais e transportando nutrição para todas as células. Infelizmente, após anos de negligência ou hábitos particularmente tóxicos, pode ser difícil retornar aos níveis normais de função e os desequilíbrios persistem. É quando a Acupunctura e a Fitoterapia são muito úteis. A Acupunctura regula a homeostase interna, o que significa que faz tudo funcionar corretamente, é como ajustar e fazer a manutenção de uma máquina complexa. As plantas dão suporte a essa função.

Prepare-se devagar para a Primavera

A estação da Primavera é uma época de renascimento e crescimento, está relacionada com o sistema do Fígado/Vesícula Biliar. É a melhor época para melhorar a função hepática. Sem uma função hepática forte, a desintoxicação não pode realizar nenhuma cura profunda ou duradoura. Como dissemos as estratégias drásticas são agressivas e podem ter efeito adverso, comece no início do ano a preparar-se para a chegada da Primavera que começa a despontar com a chegada do Ano Novo chinês (fim Janeiro-início de Fevereiro).

Para começar a equilibrar o Fígado, introduza na sua Dieta bambu, brócolos, dente-de-leão, beringela, erva-doce e cebolinho. A essência quente de alho, gengibre e limão e o sabor azedo de alimentos fermentados ou em conserva de vinagre de sidra também são adequados ​​para apoiar a função hepática.

A Auto-Massagem é algo que recomendamos. A estimulação de pontos de energia específicos pode melhorar o fluxo de energia e a saúde dos órgãos. Ao estimularmos alguns pontos do Fígado, ele agradece e também beneficiamos os 4 outros orgãos (Pulmão, Coração, Baço-Pâncreas e Rins). Pois quando a saúde de um órgão sofre, com o tempo, todos são afetados. Ao auto-massajarmos os 4 Portões de Energia, ajudamos todo o corpo a atingir o equilíbrio, melhorando o estado de saúde geral.

                                                                                                            1. Massajar Ponto 4 IG*  durante 4 minutos              2. Massajar Ponto 17 VC200 vezes no sentido horário e anti-horário

                                                                     

                                   

 3. Bater no Ponto 4 VC* durante 4 minutos                          4. Bater nos glúteos durante 4 minutos

   

Veja a Técnica completa em vídeo:

 

Vá a uma consulta de Medicina Tradicional Chinesa

Um tratamento e aconselhamento dietético de um Especialista de MTC garantirá que a sua desintoxicação é eficaz. Visitas regulares ajudam a manter-se no caminho e aos órgãos funcionarem bem. Quando nos sentimos bem, o desejo por alimentos tóxicos e de um estilo de vida tóxico diminuem. É errado desintoxicar duramente e depois voltar aos velhos hábitos. Muito melhor viver bem a maior parte do tempo e fazer só algum excesso ocasionalmente. O seu corpo vai lidar bem com isso quando estiver plenamente ajustado.

 

*Localização dos Pontos

4 IGHegu – No dorso da mão, entre o 1º e 2º metacarpo, a meio do 2º metacarpo, do lado radial.

17 VCTanzhong – Na linha média anterior, no peito, ao nível da 4º espaço intercostal, no ponto médio entre os mamilos.

4 VCGuanyuan – Na linha média do abdómen inferior, 3 cun abaixo do umbigo.

 

Fontes: 

Blog Healthness and Fitness

Tao of Healing

TCM World

 

Chi Kung na Infância por Margarida Sá Domingues


Annual Report 2017/2018 Helping little people achieve their dreams (artigo consultado em 13/03/2019

Chi Kung na Infância por Margarida Sá Domingues

A Margarida Sá Domingues é formadora do Curso de Instrutores de Chi Kung Terapêutico da Escola de Medicina Tradicional Chinesa

Ser criança é viver em constante mudança! É ter uma mente e um corpo que crescem continuamente, expostos a muitos estímulos externos como o stress dos adultos, o excesso de estímulos electrónicos, aliado a menos tempo para brincar. Tudo isso propicia uma menor ligação da criança ao seu corpo físico, emocional e mental, o que leva a uma maior dificuldade em ter consciência de si própria e das suas emoções em relação ao mundo exterior.

WEHRY, Christina. Mindfullness based training improves anxiety in children (artigo consultado em 13/03/2019)

 

Nos últimos anos assistiu-se a um aumento da hiperatividade nas crianças e jovens, dificuldades de concentração, baixa do sistema imunitário, menor resistência física, menor flexibilidade e comportamentos conflituosos ou mesmo violentos. O Chi Kung contribui efectivamente para melhorar todos estes parâmetros.

No mundo actual existe uma pressão cada vez maior, são os rankings escolares, a necessidade de ter avaliações cada vez mais altas para alcançar um futuro melhor, o que determina uma grande competição em todas as áreas da vida. Urge capacitar as crianças com saberes relacionados com a gestão do stress, para poderem manter a paz interior e encontrar soluções para os mais diversos desafios que lhes vão surgindo na vida. É por tudo isto que a prática do Chi Kung é tão importante.

 Ao longo de nove anos de prática de Chi Kung com crianças entre os três e os dez anos de idade, na Escola Carolina Michaëlis (2007/2016), em Lisboa, verificou-se que o grupo ficou mais calmo e atento durante o dia, houve uma redução dos conflitos e as ausências por doença diminuíram. Professores e pais referiram que as crianças pareciam mais felizes e as crianças, por sua vez, participavam na aula com gosto não querendo faltar.

Inicialmente programou-se uma prática semanal de 30 minutos mas depressa se passou com sucesso para uma prática de 50 minutos. Para motivar as crianças é fundamental criar um ambiente propício, despertar a curiosidade e executar os exercícios recorrendo à imaginação. Humor e fantasia ajudam a fomentar um bom ambiente. Para uma prática plena é importante que a criança visualize e interiorize. A visualização promove a criatividade e na expressão corporal a criança evidencia as emoções, ideias e sentimentos acerca da prática. Deve haver sempre liberdade para a criança poder exprimir as suas emoções, fundamento da comunicação com o outro.

 

Aprender através da prática e deixar que a criança vá corrigindo naturalmente a sua postura/movimento, respeitando sempre o seu estádio de crescimento e desenvolvimento é essencial.

 

Mas é preciso incentivar a realização de novos exercícios ou desafios, e fomentar a determinação em não desistir. Com a prática as crianças vão sentido satisfação em ultrapassar as dificuldades que os exercícios de Chi Kung lhes colocam. Encorajar, não permitindo que sintam medo de errar, é fundamental pois as inibições constituem um obstáculo ao desenvolvimento das potencialidades da criança enquanto ser humano. Incentivar a criança a vencer desafios é uma preparação para a vida.

 

É importante realizar exercícios diferentes e, para dinamizar a prática, incluir alguns mais divertidos.

Para o desenvolvimento da criança é essencial que tome consciência das diferentes partes do seu corpo, e aqui a prática da auto-massagem é um excelente recurso. Há exercícios que podem ser realizados individualmente, a par ou em pequenos grupos. Recorrer a diferentes materiais e explorá-los livremente ou de uma forma mais estruturada. Por exemplo, bolas de ténis para a auto-massagem e posturas de árvore, balões para as posturas de árvore, bolas de sabão ou moinhos de vento para exercícios de respiração. Na execução dos movimentos com nomes de animais resulta falar nos atributos dos mesmos e nos relacionados com imagens da natureza, como o lago, o arco-íris, a sua referência ajuda a ampliar o movimento. É necessário adaptar alguns exercícios à idade e mostrar imagens para cativar. Por exemplo, imagens de anatomia ajudam as crianças a interessarem-se mais pelos exercícios, torna-as mais conscientes do movimento, do seu corpo e da sua energia. Em muitas ajudou a melhorar a postura, principalmente os ombros curvados para a frente que quase todas as crianças já apresentam, e a melhorar a respiração.

Na prática com crianças são de incluir exercícios de respiração, auto-massagem e hétero-massagem, alongamentos, os 18 movimentos do Tai Chi Chi Kung, concentração, meditação e relaxamento.

 

Na primavera o sistema do Yi Jin Jing é muito apreciado. A postura de árvore, decididamente, é o exercício que as crianças menos gostam mas, ultrapassando o aborrecimento inicial, conseguem realizar as posturas básicas. Para algumas crianças a posição de sentar atrás representa um desafio.

Foto de Michael Jastremski (2013-10-23 09:40:52) Group Hug [imagem digital]

Por norma as crianças não estão interessadas em grandes explicações, querem logo passar à prática e são rápidas a percepcionar e a executar o movimento mas não apreciam repetir muitas vezes, querem logo um novo exercício. Com o decorrer da prática, a energia do grupo fica mais harmoniosa e as crianças mais calmas e concentradas. A partir daí a sua capacidade de repetição do movimento aumenta. Por outro lado, também não estão muito interessadas em saber o que faz bem, as indicações terapêuticas, querem apenas saber histórias e divertir-se. Mas não são necessárias histórias muito elaboradas, as próprias crianças constroem a história se sentirem necessidade disso. No decorrer da prática, as questões começam a surgir espontaneamente, umas atrás das outras! As crianças são normalmente curiosas, naturais e muito expressivas e francas nas observações.

A ligação entre corpo, emoção e mente é uma constante que se promove na prática de Chi Kung.

 

Cada criança é diferente e absorve e processa a informação de forma diferente, quer seja através do olhar, da escuta, do movimento ou do toque. Ao recorrer a diferentes estímulos ajudamos a criança a desenvolver múltiplos aspectos emocionais, mentais, corporais e espirituais. Não há duas crianças que aprendam ao mesmo ritmo e da mesma maneira, cada uma tem o seu tempo mas a prática continuada permite um equilíbrio de todo o grupo.

6 Qigong Exercises for Cultivating Healing Energy (artigo consultado em 13/03/2019)

Concluiu-se, nestes anos de prática com crianças, que o Chi Kung promove o desenvolvimento psico-motor e bio-energético, o equilíbrio e a coordenação, beneficia a capacidade respiratória e estimula a concentração e a memória.

Observou-se uma melhoria na gestão das emoções e foi uma preciosa ajuda para a criança se integrar nos diferentes grupos e desenvolver a auto-consciência e a auto-estima. Foi muito relevante constatar que, noutros momentos da sua vida, as crianças foram capazes de utilizar com eficácia as técnicas de relaxamento que aprenderam. A prática de Chi Kung promove na criança o respeito e o amor-próprio, o desenvolvimento de movimentos harmoniosos, a percepção do seu corpo e energia, e a descoberta, nos exercícios respiratórios e na meditação, de um lugar de paz e calma interior.
* Autoria: Margarida Sá Domingues, traduzido por Paula Madeira, editado e revisto por Margarida Aires
Também disponível no Blog do Curso de Instrutores de Chi Kung
Para + infos, ver também os sites: www.chikung-terapeutico.com   www.healing-project.com
Outros artigos relacionados site ESMTC: A Criança e o Chi Kung   Aulas de Chi Kung para Crianças