A Acupunctura e a Medicina Tradicional Chinesa: o efeito placebo
Livre-se do cepticismo e seja entusiasta de uma Medicina que dá provas há mais de 3000 anos e está para ficar
A ESMTC esteve em Cabo Verde
Entre os dias 8 e 19 de Julho de 2019 decorreu em Cabo Verde uma formação promovida pelo Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação entre Guandong-Macau.
Passatempo Curso de Moxabustão e Aplicações Clínicas dos Pontos Shu e Jiaji
Regulamento Passatempo
Curso de Moxabustão e
Aplicações Clínicas dos Pontos Shu e Jiaji
O presente regulamento tem por objetivo estabelecer as regras gerais de participação nos passatempos, organizado através do Instagram, pela ESMTC – Escola de Medicina Tradicional Chinesa, com o número de identificação fiscal 502933399 para o curso de Moxabustão e Aplicações Clínicas dos Pontos Shu e Jiaji.
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Passatempo ESMTC
1.1- Designa-se por “Passatempo ESMTC – Curso Prof. Tao Kun” o evento promocional promovido pela ESMTC na sua página do Instagram, com o objetivo de premiar participantes que cumpram na íntegra as suas regras e condições de participação.
1.2- A participação pressupõe o conhecimento e a aceitação integral e sem reservas das condições deste regulamento e seus eventuais aditamentos e modificações.
1.3- Neste passatempo os participantes terão de comentar no post que anuncia o passatempo, através da rede social Instagram, com uma frase criativa sob o tema “Dr. Tao Kun em Portugal e Moxabustão” e identificar 3 pessoas. Cada utilizador poderá participar mais de uma vez desde que utilize sempre frases diferentes e identifique outros utilizadores diferentes.
1.4- O vencedor da frase mais criativa será escolhido por um júri da ESMTC criado para o efeito.
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Condições de Participação
2.1- Qualquer utilizador do Instagram, desde que com formação em Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e maior de 18 anos que resida em Portugal Continental ou nas Ilhas, poderá participar no passatempo.
2.2- A ESMTC reserva-se o direito de solicitar provas da formação em MTC antes da entrega do prémio. Sempre que solicitado pela ESMTC e dentro do fixado para o efeito, os participantes deverão fazer prova de que reúnem as condições necessárias de participação no passatempo, sob pena de desclassificação e anulação de quaisquer prémios que lhe tenham sido atribuídos. Caso os participantes não façam prova suficiente de reunir as condições necessárias de participação e os respetivos prémios já lhes tenham sido entregues, a ESMTC reserva-se o direito de exigir a sua devolução ou pagamento integral.
2.4- Não poderão participar nos passatempos quaisquer colaboradores da ESMTC.
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Participação
3.1- A participação nos passatempos está limitada a uma participação por pessoa.
3.2- Caso o mesmo participante apresente mais do que uma participação, será apenas considerada a sua primeira participação publicada no “mural” da página do passatempo.
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Meios de participação proibidos
4.1- Serão desclassificados do passatempo todos os participantes que apresentem as suas respetivas participações fora do prazo estabelecido para esse efeito, que não reúnam as condições necessárias de participação previstas no presente regulamento, bem como aqueles que violem qualquer disposição do mesmo.
4.2- Serão automaticamente desclassificados todos os participantes que recorram à criação de perfis fictícios, designadamente mediante recurso a endereços de emails fictícios ou a dados de registo falsos, imprecisos ou incompletos, bem como aqueles participantes que recorram a estratégias e mecanismos impróprios para ganhar, designadamente mas sem limitar, os participantes que recorram a mecanismos de manipulação ou supressão de dados, através de programas informáticos e que sejam suscetíveis de alterar quaisquer resultados, de forma a favorecê-los relativamente aos demais participantes.
4.3- Serão, ainda, automaticamente desclassificados os participantes que:
a) procedam à publicação de qualquer tipo de mensagem de spam (publicidade não desejada) ou provoquem qualquer tipo de flood (repetição de mensagens idênticas) no mural da página do passatempo;
b) recorram a qualquer método técnico ou pedido de ajuda que não se coadune com o espírito de Fair-Play que pauta os Passatempos da ESMTC, designadamente, mas sem limitar, a mecanismos de troca de votos (vote Exchange) ou a quaisquer programas ou scripts suscetíveis de os favorecer em detrimento dos demais participantes (hacking / cheating);
c) procedam à publicação de quaisquer comentários no mural da página do(s) passatempo(s) de índole religiosa, política ou étnica e/ou que utilizem linguagem obscena, insultuosa ou ofensiva.
4.4- Nos casos previstos no número anterior a ESMTC eliminará, do mural da página do passatempo, todas as participações dos participantes desclassificados, reservando-se ainda o direito de excluir os participantes em causa da página da ESMTC no Instagram.
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Prémio
5.1- O prémio consta de um desconto de 100€ no valor total do curso de Moxabustão e
Aplicações Clínicas dos Pontos Shu e Jiaji e não pode ser acumulado com eventuais promoções ou descontos atualmente em vigor, nomeadamente, mas não exclusivamente, para alunos atuais do curso ou associados.
5.2 – O direito ao prémio do passatempo é pessoal e intransmissível, não sendo remível em dinheiro. O vencedor do passatempo não será ressarcido se, por motivos alheios à ESMTC, não puder usufruir do prémio que eventualmente lhe assista.
5.3 – Os participantes autorizam a ESMTC a divulgar os seus nomes e o resultado dos passatempos na página ESMTC no Instagram.
- – O prémio apenas poderá ser atribuído a quem cumpra os requisitos para a participação do curso, ou seja, possuir formação em Medicina Tradicional Chinesa
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Responsabilidade
6.1- A ESMTC pode a todo o tempo, livremente cancelar este passatempo em curso, sem que desse facto resulte qualquer obrigação de indemnizar ou de compensar, por qualquer forma que seja, qualquer participante.
6.1 Todos os conteúdos disponibilizados pelos participantes no âmbito dos passatempos serão da exclusiva responsabilidade destes, pelo que em nenhuma circunstância poderá a ESMTC ser responsabilizada por aqueles conteúdos, bem como por quaisquer danos que os mesmos causem, designadamente, à imagem, reputação e/ou ao bom nome de terceiros.
6.3- A ESMTC não se responsabiliza, ainda, pela utilização, no âmbito dos passatempos, de qualquer conteúdo eventualmente protegido, designadamente, por direitos de autor, sendo a utilização destes conteúdos da responsabilidade exclusiva dos participantes.
6.4- A ESMTC não será igualmente responsável pela impossibilidade de participação em qualquer passatempo devido a falhas, erros de rede ou mau funcionamento do site do Instagram, nem se responsabiliza por quaisquer registos perdidos, atrasados ou não entregues a que estas anomalias deem eventualmente origem.
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Dados pessoais
7.1- Ao participar no passatempo, os participantes consentem no tratamento e processamento informático dos seus dados pessoais pela ESMTC. A omissão ou inexatidão dos dados fornecidos pelo seu titular são da sua única e inteira responsabilidade, tornando-se automaticamente inválida a sua participação no passatempo e consequente possibilidade de atribuição de prémio, sem que lhe seja devida qualquer indemnização.
7.2- A recolha dos dados no âmbito do passatempo ESMTC realizado através do Instagram destina-se exclusivamente à gestão de participações no passatempo, designadamente para efeitos de registo dos vencedores de cada passatempo e das suas respetivas classificações, bem como para efeitos de atribuição e entrega de prémios.
7.3- A ESMTC garante aos participantes do passatempo os direitos de acesso, retificação e cancelamento dos seus dados pessoais facultados, mediante a apresentação de pedido através do endereço eletrónico esmtc.secretaria@gmail.com
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Autorizações
8.1 – Os participantes autorizam, desde já, a ESMTC a publicar, para quaisquer fins publicitários e/ou de divulgação de iniciativas ou passatempos, por si, realizados e por quaisquer meios que entenda adequados, o resultado do passatempo.
8.2 – Sem prejuízo do disposto noutras disposições do presente regulamento , ao participar no passatempo , os participantes autorizam expressamente a ESMTC a livremente utilizar todos os conteúdos que venham a disponibilizar no âmbito da sua participação, designadamente autorizam a ESMTC a reproduzir e/ou exibir quaisquer vídeos, imagens e/ou frases da autoria dos participantes em quaisquer comunicações, atividades publicitárias e/ou promocionais, destinadas a divulgar iniciativas organizadas pela ESMTC ou por quaisquer das sociedades suas associadas, sem que a esse título possa ser exigido à ESMTC qualquer remuneração, contrapartida ou qualquer compensação.
Lisboa 10 de Abril de 2019
Parceria entre a ESMTC e entidades ligadas às Artes Marciais Orientais
As Artes Marciais Orientais e a Medicina Tradicional Chinesa têm em comum a sabedoria e os conhecimentos do Oriente.
A descoberta do corpo nas Artes Marciais e o seu estudo na Medicina Tradicional Chinesa são as duas faces de uma mesma moeda: a busca milenar de mais energia, mais saúde, mais compreensão e mais equilíbrio.
A ESMTC oferece aos praticantes de Artes Marciais, alunos, professores e funcionários de Escolas, Federações, Clubes e Academias de Artes Marciais com acordo com a nossa Escola um conjunto de vantagens:
- CURSO DE MEDICINA TRADICIONAL CHINESA 50% desconto na matrícula do Curso
- Consultas de Medicina Tradicional Chinesa no Centro de Consultas ESMTC desconto 10€ na primeira vez e 5€ nas consultas seguintes
mediante apresentação de comprovativo de pertença à entidade de Artes Marciais Orientais
Entidades parceiras
Associação Kung Fu To’A Flor de Lotus |
Espaço REAJ*Acordo abrange apenas o desconto na matrícula do Curso de MTC |
Associação Tokitsu Ryu / Jisei Dojo |
Clube Académico de Alvalade* |
Neijia* |
Associação Caminho Natural* |
*protocolos em negociação
ESMTC na China Primavera 2018 | os vídeos
Era importante partilhar com mais pessoas o que vimos e aprendemos por lá.
VEJA os vídeos:
ESMTC NA CHINA – highlights PART 1
Intervenção Prof. Faro na Conferência Internacional Medicina Preventiva em Nanchang 2018
Chi Kung na China – Prof. Deolinda entrevista Dra LiLing
Os directores da ESMTC fizeram visita oficial à China
Discussão Pública de Monografias
Nos dias 24 e 26 de Abril decorre mais uma importante fase da vida escolar: as sessões de Discussão pública das Monografias preparadas pelos alunos finalistas do Curso de Medicina Tradicional Chinesa.
Consulte aqui o programa e abaixo as fotos (em actualização)
Acupunctura – 24 Abril (manhã)
Ana Canhota, José Dias, Marco Saavedra e Maria Moreira
Acupunctura – 24 Abril (à noite)
Diogo Andrade, Dorothée Rosário, Duarte Perdigão e Constança Monteiro
Qi Gong e Tui Na – Sessão dia 26 Abril (de manhã)
Rui Peixoto, Sara Eusébio, Carla Cabrita, Petra Monteiro, Maria Bentes
Dietética e Fitoterapia – Sessão dia 26 Abril (à noite)
Ana Celso, Catarina Martins, Sandro Félix e Violeta Leite
Exposição Saúde Natural
Dia 3 de Fevereiro de 2018 irá inaugurar às 14:30 na Biblioteca Nacional de Portugal a exposição de
Saúde Natural em Portugal (séculos XIX-XXI)
Na exposição, comissariada por Carlos Campos Ventura, estão patentes livros, folhetos e diferentes materiais que resumem e documentam a presença da Saúde Natural em Portugal desde o seu início.
Também será possivel realizar visita guiadas que terão também lugar em Fevereiro 28, Março 28 e Abril 18, sempre às 14h30.
Mais informações em
Biblioteca Nacional de Portugal
Serviço de Actividades Culturais
Serviço de Relações Públicas
Tel. 21 798 21 68
Fax 21 798 21 38
Healing Clinic
A partir de dia 7 Novembro nasce uma nova clínica. Chama-se Healing Clinic e estará sediada nas instalações da Clínica da Escola de Medicina Chinesa, Lisboa
Trata-se uma clínica de Ginecologia e Andrologia em Medicina Chinesa.
Nos últimos 5 anos a nossa equipa de Ginecologia e Andrologia da Escola de Medicina Tradicional Chinesa, tem ajudado inúmeras mulheres e homens a ultrapassar os seus problemas. Achamos ser esta a altura certa para nos lançarmos num novo desafio. A abertura de uma clínica
O que é a Ginecologia e Andrologia em Medicina Chinesa?
São duas especialidades da Medicina Chinesa, a primeira com aproximadamente 520 anos e a segunda com cerca de 40 anos de existência. Estas especialidades fazem o casamento entre a Medicina Tradicional Chinesa e a Medicina Alopática.
A Medicina chinesa contribui com a sabedoria milenar a nível de diagnóstico e tratamento e a medicina alopática contribui com as técnicas mais modernas de exames, imagiologia, analises clínicas, etc.
O que esperar de numa consulta de Ginecologia em Medicina Tradicional Chinesa?
A consulta segue os mesmos procedimentos de uma consulta de Medicina Tradicional Chinesa, (anamnese, observação de pulso e língua) mas com maior foco na área ginecologia e analises de exames ocidentais
O tratamento inclui acupunctura; massagem; aconselhamento alimentar, fitoterapia e eventualmente exercícios de Chi kung.
A duração da consulta é de 1,5h
No caso da ginecologia a paciente não é observado internamente, mas pode-lhe ser pedido que seja observada a parte externa caso o problema seja nessa área.
No caso de Andrologia normalmente não é observado a área genital a menos que o problema seja externo e nessa área especifica
Serviços:
- Consultas de ginecologia: Infertilidade, preparação para as FIV´s/ICSI´s, acompanhamento da gravidez, indução do parto, recuperação do parto;
- Massagem: massagem abdominal ( Chi Nei Tsang), massagem na gravidez;
- Vagi-spa: banho de vapor vaginal. Tem por objetivo a limpeza profunda do útero, ajuda a desbloquear as trompas, prepara o corpo para a gravidez natural ou artificial, bem-estar físico e mental. Ajuda a fazer a ligação entre mente e corpo;
- Acompanhamento com dietética chinesa;
- Acompanhamento com Chi kung
- Prescrição de Fitoterapia;
- Aconselhamento de vida;
- Termografia;
Os serviços prestados nesta clínica não excluem o seguimento por um Ginecologista ou Andrologista
Outros serviços recomendados: Doulas, Ginecologistas
Avaliação de diagnóstico gratuita
Dia 7 Novembro convida mo-lo/a a fazer uma avaliação de diagnóstico gratuita de Ginecologia ou Andrologia em Medicina Chinesa como presente de boas vindas.
O diagnóstico não inclui tratamento. Ser-lhe-ao feitas recomendações e aconselhados assim como um conjunto de soluções para o seu problema.
Horário: 9.30-13h
Local: Clínica da Escola de Medicina Tradicional Chinesa, Rua D. Estefânia 175 Lisboa
Marcações: para fazer uma marcação pode ligar para o 213475605 e pedir que lhe seja marcada uma consulta para a Healing Clinic – clínica de ginecologia e antrologia em medicina tradicional chinesa
Medicinas Alternativas ou Complementares?
A utilização de medicinas designadas por “alternativas”
Não será o momento de trabalhar em equipa e separar o trigo do joio?
A utilização de medicinas designadas por “alternativas”, em situações de doenças em crianças, tem vindo a aumentar.
Segundo um estudo realizado na Austrália e no País de Gales, cerca de metade das crianças observadas em hospitais pediátricos estavam a utilizar terapêuticas complementares e alternativas. Um outro estudo, realizado no Reino Unido, mostrou que as crianças com doenças crónicas utilizavam três vezes mais tratamentos “alternativos” do que as crianças saudáveis. O que é curioso é que os médicos pediatras não sabiam que os seus clientes estavam a fazer outras formas de tratamento, por opção dos pais.
Um estudo realizado na Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa (Videira, C., Veloza, A., Moreira, J.M., Ribeiro, J. e Miranda, R.) revelou que, ao contrário do que se poderia pensar, a maior parte das pessoas que recorre à medicina alternativa não está insatisfeita com a medicina convencional – de facto, 95% dos inquiridos que utilizavam a medicina alternativa diziam-se satisfeitos com os cuidados médicos, 88% consideravam a relação com o médico boa e 92% estavam satisfeitos com os resultados dos tratamentos médicos. Muitas das pessoas que recorrem à medicina alternativa, quando precisam de cuidados mais especializados, consultam também os médicos especialistas convencionais.
Talvez a medicina convencional não esteja “em crise”, nem essa seja a razão do aumento da procura da medicina alternativa. Assim, o recurso a estas práticas não seria encarado pelos utentes como uma “alternativa” ou substituto à medicina convencional, mas sim, como um complemento desta. E as crianças virão, certamente, a beneficiar desta abordagem global e holística, dentro das várias “medicinas complementares”.
As medicinas designadas por “alternativas” não deveriam ser menosprezadas e inferiorizadas. O próprio nome, “alternativo”, é quanto a mim errado: trata-se de metodologias de tratamento “complementares” da chamada “medicina ocidental”.
Também é errado designar esta por “científica”, dado que muitas das terapêuticas utilizadas nas “complementares” são cientificamente válidas (e muitas das que nós utilizamos na “medicina ocidental” ainda carecem de prova cabal…).
Para além dos achados dos estudos, uma conclusão é óbvia: chegou a altura de deixar “a falar sozinhos” os corporativistas que defendem que “medicina só há uma, a ocidental e mais nenhuma”, e estudar, em conjunto e colaboração, as várias medidas terapêuticas que podem beneficiar, do ponto de vista biológico, psicológico e social, as crianças e suas famílias. É bom admitirmos que não sabemos nem dominamos tudo, e que a separação do trigo do joio passa por reconhecer que há trigo e que há joio. Na medicina “alternativa”, mas também na “ocidental”…
Moda ou necessidade?
Alternativas? Complementares? A discussão é grande e a polémica tem feito correr rios de tinta, envolvendo os mais altos órgãos de soberania, as instituições profissionais e os leigos. Não adianta “tapar o sol com a peneira”, nem emitir juízos de valor sobre uma prática que, como todas, terá os seus pontos positivos e os seus aspectos menos bons – o que interessa é ver, numa abordagem científica, qual o interesse, a eficácia e a eficiência desta medicina, se o seu posicionamento é “alternativo” ou “complementar” relativamente à medicina “médica”, bem como saber um pouco mais dos “quês” e “porquês”, dos “quem” e dos “quandos”. Até porque, sob a designação “alternativa”, encontram-se coisas tão diversas como comprar de vez em quando um chá de tília ou submeter-se a acupunctura regularmente.
Uma área em franco crescimento
Não existem dúvidas de que a medicina alternativa está a tornar-se cada vez mais popular no hemisfério Norte. Em Portugal, os dados permitem saber que cerca de um em cada seis portugueses revela ter já utilizado as terapêuticas alternativas, nas duas semanas anteriores a serem inquiridos e pelo menos um em dois ao longo da sua vida.
No entanto, apesar da crescente procura da medicina alternativa em Portugal, há um vazio legislativo sobre esta matéria, o que permite o exercício desta medicina por pessoas não qualificadas para tal. Por outro lado, os profissionais formados por faculdades de medicina tradicional chinesa, por exemplo, de reconhecimento internacional, ficam ao mesmo nível dos charlatães, o que leva a que seja difícil distinguir a qualidade da impostura.
As crianças podem ser grandes beneficiárias da medicina alternativa, nas suas diversas variantes – aliás, a insistência que se faz, só para dar um exemplo, na massagem do bebé, é um reconhecimento de que certo tipo de actuações têm um reflexo directo sobre os estados de saúde e de bem-estar das crianças.
O reverso da medalha
Claro que nem tudo são “rosas”, nem chazinhos de camomila. É necessário as pessoas estarem alerta para a existência de muitos charlatães nesta área, e que o arrastar de alguns problemas pode trazer riscos para a saúde, não apenas pela acumulação de medicamentos dos dois tipos (com efeitos colaterais cumulativos), mas porque há diagnósticos que podem ser protelados, com prejuízo para a criança.
A abertura de espírito e a análise científica das vantagens e desvantagens, eficácia e eficiência das várias práticas médicas poderá separar o trigo do joio e contribuir para o objectivo final de qualquer prática médica: ganhos em saúde e em bem-estar para os utentes.
Complementaridade sim. Atitudes fundamentalistas do género “eu é que sou o dono exclusivo da verdade”, não!
O autor Dr. Mario Cordeiro é médico e professor de Pediatria. Um dos mais prestigiados pediatras nacionais, é professor auxiliar de Saúde Pública na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e membro da Sociedade Portuguesa de Pediatria e da British Association for Community Child Health. É membro e consultor de diversas organizações de pais e familiares de crianças com doença crónica. Dirigiu o Observatório Nacional de Saúde e fundou a Associação para a Promoção da Segurança Infantil e a Associação pela Saúde dos Adolescentes, intervindo regularmente em prol dos direitos das crianças, enquanto pessoas e cidadãos. Associando à sua vasta formação pediátrica, conhecimentos nas áreas da Psicologia e da Sociologia e Antropologia.
Fonte: Jornal o Público – https://www.publico.pt/sociedade/noticia/medicinas-alternativas-ou-complementares-1593106